7 de julho de 2015

Uma história em quatro mãos - Capítulo 41 – A tempestade antes da paz - Denise Beliato


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Afastando-se da mãe de Rodrigo e de seus amigos, Dora foi para um canto onde pudesse pensar e não percebeu quando Caio se aproximou, pois não havia notado que ele correrá atrás dela assim que se ausentou. Reparando na presença do jovem ela sentiu-se constrangida por ser encontrada chorando. Tudo aquilo estava revirando a cabeça dela, fazendo com que lembra-se de fatos e detalhes dolorosos que ela preferia esquecer. 
Acanhada tampou seu rosto com as mãos na intenção de enxugar as ultimas lágrimas e esconde-lo para que Caio não visse seu estado. Suspirou fundo tentando controlar-se.
-Ei, tá tudo bem. – Advertiu o rapaz com a voz carinhosa. – Pode chorar o quanto quiser. Não precisa ter vergonha.
Ela virou-se para ele analisando seu olhar preocupado.
-Já acabei. – Disse se recompondo.
-Que bom. Pois, agora é hora do abraçoooo. – Com um sorriso no rosto ele abriu os braços para ela. 
-Nem vem. – Rindo da cara dele ela balançou a cabeça negando. 
Caio ainda com os braços abertos permaneceu observando-a esperando que ela mudasse de atitude.
-Se não vir logo eu que vou começar a chorar. – Aconselhou-a tentando parecer sério – Não vai quer ver a cena de um belo jovem de olhos verdes com quase dois metros de altura chorando. Vai?
-Deve ser hilário. – Ela cruzou os braços decidida – Estou pagando pra ver.
Ele revirou os olhos desconformado. 
-Vamos lá. Se alguém pudesse nos ver agora eu estaria pagando o maior mico com esses braços abertos.
-E se alguém pudesse nos ver abraçados poderia pensar alguma coisa de nós. –Contestou ela. – E é você que está querendo o abraço e não eu.
-Ok. – Desistiu ele – A Dora que eu conhecia adoraria ganhar um abraço depois de algumas horas de choro, mas não você. Isadora Evanz é bem mais forte e decidida que a minha velha amiga... 
-Hum...
Caio percebeu que ela não se renderia tão fácil ao seu jeito amável, ela estava decidida e pelo jeito nada que ele dissesse mudaria sua posição.
-... E o pior é que vocês são a mesma pessoa. – Abaixou a cabeça parecendo triste. – Você mudou e não precisa mais de mim, então o que me resta é me acostumar com isso. – Levantou a cabeça e olhou-a nos olhos. 
Ela demostrou preocupação quando notou que ele estava muito sério para estar brincando.
- Não pensei que você fosse tão dramático. – Analisou ela arqueando as sobrancelhas.
- Um pouco talvez. – Concordou ele. – Porém sendo assim não vou insistir em te abraçar. – Virou-se de costa – Nunca mais.
- Como assim nunca mais? – Ela deu um salto alerta na direção dele abismada. – Não vamos generalizar a coisa toda. Além disso... Nunca mais é muito tempo. –Disse sem jeito – Sabe que as pessoas falam...
- E você se importa com o que as pessoas dizem? – Ele se virou e encarou-a.
- Esquece o que eu disse e me abraça logo. – Implorou ela um pouco sem graça.
Eles deram um passo em direção um ao outro e logo estavam frente à frente, ele envolveu os braços nela e ela aninhou a cabeça no peito dele sentindo aquele calor muito bom e o rosto de Caio contraiu num sorriso.
Ficaram por alguns minutos curtindo a presença e o conforto daquele abraço. O silêncio era constante, porém muitas palavras poderiam ser ditas apenas com um cruzar de olhares. Estar nos braços de Caio para Dora era como se estivesse apoiada para não cair, para ele àquilo era muito significativo, a amava e por ser homem tinha que conter seus impulsos para não fazer besteira, tinha medo de magoa-la, entretanto não conseguia manter distancia, então sempre se colocava ao seu lado para protege-la. Mas até quando conseguiriam segurar seus sentimentos? Até quando conseguiria conter as palavras que gritavam dentro de si?
- Dora? – Caio a chamou fazendo com que ela despertasse daquele momento de paz e afastando se um pouco ambos olharam um nos olhos do outro. – Talvez o que venha dizer seja a coisa mais louca... – começou meio sem jeito - ... mas, eu acho...
- Dora, Caio... 
Uma voz o interrompeu fazendo com que os dois se soltassem e olhassem para a direção de onde ela vinha. Ambos engoliram seco quando viram o olhar de Rodrigo tentando compreender a situação dos dois.
-Tá tudo bem? – Perplexo pela cena esqueceu o que iria dizer realmente e perguntou a primeira coisa que veio a cabeça.
Dora afirmou com a cabeça um pouco envergonhada olhando para o lado e cruzando seu olhar com o de Caio que tentou suavizar a sua expressão de desapontado com um sorriso brando.
- Sim. – Completou baixo.
- Que bom. – Argumentou nada convencido. – Eu vim avisar que o almoço está pronto. Vamos? – Encerrou olhando para Caio.
- Claro. – Respondeu o jovem saindo na frente.
-Algum problema? Eu atrapalhei alguma coisa? – Cochichou para a irmã que respondeu negando com a cabeça.
Era lógico que ela não iria falar o que estava acontecendo para seu irmão. Não que não confiasse nele, porém não havia nada acontecendo e mesmo e apesar da dúvida em relação aos sentimentos de Caio por ela, Dora ficou desapontada porque o rapaz não pode concluir o que ele iria dizer. Ela almejava que as palavras dele fosse em relação ao seus sentimentos por ela, mas Dora não tinha dúvida de que Caio ainda sentia algo por Luiza. Ela conseguia reparar que ele sentia algo, mas ela não conseguia se convencer de que isso era real, ela não conseguia acreditar que alguém gostava dela, após o abandono do seu pai ela acabou criando essa barreira dentro de si própria impedindo que alguém a ultrapasse.
Olhando para Mel e Rodrigo junto ela desejava poder estar assim com Caio, entretanto tudo parecia possível para os outros e não para ela. 
- Dora... – a mãe de Rodrigo chamou a atenção da Dora tirando-a do transe – Está tudo bem? Você quase não está comendo.
Dora ficou sem graça porque todos a olhavam aguardando uma resposta. Ela ainda estava aérea por ter se perdido em pensamento e não sabia bem o que dizer.
- Me desculpa... Não vai mais acontecer, eu viajei, mas a comida está uma delicia. – Explicou sem jeito.
-Não tem problema e que bom que gostou. – Dona Suelen sorriu satisfeita e Dora sorriu agradecida pela compreensão.
Após o almoço eles ficaram mais um pouco conversando até que decidiram percorrer o caminho de volta para casa, deixando bem claro que voltariam em outro momento.
-Eu jamais pensei que fosse dizer isso, mas foi muito bom conhecer a senhora. – Dora declarou abraçando a mãe do Rodrigo – Obrigada por me receber em sua casa e por não ter raiva nenhuma de mim.
Dona Suelen sorriu.
- Não haveria motivo para ter raiva de você. Você não tem culpa de nada, viu? – disse fazendo carinho nos cabelos dela – A magoa sempre nos faz achar um culpado e muita das vezes culpamos inocentes, mas eu tenho aprendido muito com Deus. Augusto errou muito, porém eu perdoei e não só porque estou casada e sou feliz, mas porque eu aprendi que perdoar é divino e isso nos liberta e liberta a outra pessoa também para que seja feliz e siga cada um a sua vida em paz.
Dora não gostava muito de falar do pai, porém ouvir àquela senhora te trazia certa paz, só não sabia o porquê.
- Uma vez eu li – Continuou Suelen – que guardar ressentimentos é como tomar veneno e esperar que o outro morra...
-Willian Shakespeare. – Refletiu Dora.
- É esse mesmo. Talvez agora você não venha entender, mas é preciso que você perdoe seu pai. – Dora sobressaltou os olhos. – Isso fará um bem imenso a você e claro a ele também. 
- Por que insistem nisso? – Dora abaixou a cabeça triste. – Ele está bem. Ele tem a família dele. 
- E você, está bem com tudo isso? Você não acha que a falta de perdão tem atrapalhado em muito na sua vida? – Comentou. – Sabe Dora, a oração do Pai Nosso que Jesus ensinou é um modelo para nos instruir na hora de falarmos com Deus e quando citamos aquela parte “perdoa-nos assim como nós perdoamos a quem nos ofendem” estamos pedindo perdão pra Deus por nossos erros e nossos pecados e como Deus iria nos perdoar se não perdoamos o nosso próximo. 
Dora ouvia em silêncio e atenta.
- Como poderia perdoar se eu estou chateada com ele? – Indagou confusa.
- Ai é que está à chave para seus questionamentos, primeiro você libera o perdão para a pessoa mesmo que no momento você não sinta vontade, com essa liberação o tempo vai passar e no fim você vai ver que a magoa passou e que a dor que sentia foi cicatrizada. – Dora a olhava receosa. – Se quiser posso orar com você, afinal isso não vai machucar. 
- Não custa tentar. – Declarou temerosa.
Dona Suelen a abraçou forte e fez uma bela oração para que Deus tirasse toda magoa do coração de Dora e que desse lugar ao perdão, para a garota aquilo não fez diferença em relação ao Augusto, porém no fim sentiu certo alivio que lhe fez bem. Agradeceu a recepção daquela mulher bondosa e correu para o carro onde os outros a aguardavam.
A viagem de volta foi um pouco cansativa, não pela distancia, mas sim pelo pequeno transito que enfrentaram. 
Todos estavam exaustos, porém cientes que esse breve momento que passaram valeu muito à pena principalmente para Dora. Chegando ao condomínio cada um foi para seus respectivos apartamentos ficando Caio e Dora para trás.
-Ei! – Caio a surpreendeu puxando-a de leve pelo braço- Como você está?
Dora suspirou aliviada pensando em tudo que aconteceu.
-Estou bem. Digamos que foi melhor do que eu pensava. – Sorriu e Caio retribui – Bem melhor.
-Que bom. Mudando de assunto... Está preparada para o vestibular? Já é no próximo domingo. – Ponderou – E por falar nisso eu ainda não sei pra que curso você se inscreveu?
- Ah sim, só direi depois do resultado da prova. – Falou decidida – E quanto ao estar preparada, acredito que sim. Estudamos o suficiente não acha?
Caio consentiu com a cabeça.
- Não estou gostando nada desse mistério todo sobre o curso escolhido...
Caio foi interrompido pela música do celular da Dora.
-É minha irmã... – Dora disse ao olhar no visor – terminamos a conversa depois.
- Ok.
Dora entrou em casa e foi direto para seu quarto ao mesmo passo em que conversava com a irmã.
-Casar? – Sentou estarrecida na cama devido ao anuncio da irmã.
- Sim Dora, afinal eu e o Rafa namoramos a mais de 5 anos. – Disse Lia do outro lado da linha. – Já estava na hora, né?
Dora não conseguia acreditar nos fatos, não sabia se estava mais surpresa pelo casamento repentino que a irmã anunciou ou se por não fazer ideia que Lia e o namorado já estão juntos a tanto tempo. Onde ela estava quando esse tempo todo passou? E porque ser avisada assim tão em cima da hora.
- Mas,... neste sábado?! Eu tenho prova no domingo. – Ela estava confusa que não sabia mais o que dizer – Você não acha que marcou tudo muito rápido? O que seu pai acha de tudo isso?
- Já tem um tempo que estamos planejando e meu pai está de boa. Só faltava convidar você, mas acho que foi um erro, não é? Você é muito ocupada. – Disse Lia que esperava uma reação melhor da irmã. – Mas, o convite está feito sei que se você quiser pode pegar um voo rapidinho pra cá. Até mais.
-Lia espera...
Dora só conseguiu ouvir o toque da ligação cair. Que raiva que ela sentiu dela mesma. Lia só estava convidando-a para o dia mais feliz de qualquer garota, porém seus medos tinham que se intrometer e estragar tudo. Ela não poderia deixar as coisas ficar assim. Iria ao casamento. Estava decidida a não perturbar e deixar que seus receios estrague seu convívio com as outras pessoas.
A semana foi corrida e agitada na agencia, porém no sábado após o almoço Dora pegou um voo rápido para não poder perder o casamento da irmã e logo depois pegaria outro voo para casa, por causa do vestibular no outro dia.
- Eu sabia que não poderia perder esse casamento por nada. – Dora falou ao entrar no salão que a irmã estava para se arrumar para o casamento. – Fiquei sabendo que a noiva mais linda do mundo estaria nele.
Lia abriu o sorriso ao olhar para irmã e foi até ela e a abraçou.
- Que bom que você veio. – Declarou feliz.
- Uma noiva sem sua dama de honra não será uma noiva completa. – Dora iluminou seu rosto com um belo sorriso. – Lia me perdoa por ter sido um pouco rude ...
- Não diga mais nada. – Lia interrompeu-a – Já está perdoada só por estar aqui.
E as duas se abraçaram de novo sorrindo e emocionadas.
O casamento foi lindo e emocionante pena que foi rápido, pois Dora achou tudo muito fascinante e se emocionou muito ao ver a dança pai e filha. Após a festa partiu rumo a Quatro Rios, foi tudo corrido e cansativo, então aproveitou para dormir um pouco no voo e conseguiu dormi o resto da noite ao chegar em casa e no outro dia estava descansada para a prova que foi tudo muito tranquilo.
***
-Dora tem ótimas novidades para você. – Thais entrou no camarim anunciando logo após Dora ser maquiada.
A garota olhou-a confusa aguardando as “ótimas noticias”.
- Uma agencia de Paris estão atrás de uma jovem modelo brasileira e eles estiveram dando uma olhada em suas fotos e gostaram muito do que viram. – Thais disse muito animada – Estarão enviando o contrato ainda essa semana e em menos de dois meses você estará “embarcando” para França.
- Ah, que legal. – Dora não demonstrou nem um pouco de empolgação.
-Eu mencionei que é Paris na França, certo? – Dora afirmou com a cabeça – E porque raios de motivo você está com a animação de que o contrato seja para Belém do Pará?
- Porque talvez eu não aceite. – Ela disse confiante.
Thais ficou abismada com a resposta e lançou um olhar incrédulo para Dora.
- Thais meu contrato com a agencia está se findando e eu avisei que se tudo correr como eu tenho previsto estarei me mudando para cursar a faculdade. Lembro-me de ter mencionando isso semana passada com você. – Esclareceu Dora.
- Ah, sim. – A mulher fez pouco caso do que ela disse – Mas, esse negocio de faculdade simplesmente é para que você estude, se forme, trabalhe na sua área para no fim ganhar dinheiro e tem pessoas como você que não tem necessidade disso por que desde o berço nasceu com um rostinho bonito a ponto de ganhar o mundo. Porém, se você insistir nisso é só lembrar que está abrindo mão de um sonho que muitas meninas almejam e que poucas conseguem. 
- Eu sei disso. Só não é o meu sonho. – Disse de cabeça baixa refletindo.
- Pense bem. – Thais foi até a porta ameaçando em sair – Uma oportunidade não bate duas vezes na mesma porta. Acho que se o David estivesse aqui ele conseguiria colocar juízo na sua cabecinha. Ótimo momento para ele estar viajando.
Ela saiu e deixou Dora ainda mais indecisa sobre seu futuro. As coisas já não estavam nada fáceis e agora tinha que lidar com mais decisões. Ela precisava de ar, precisava pensar com calma sobre tudo, então saiu dali e foi dar uma volta na praça.
Sentada no banco tentava por em ordem a bagunça que estava na cabeça. As coisas que a Thais dissera rodava na sua cabeça. E se mais uma vez ela não conseguisse passar? Ela estaria abrindo mão da sua única oportunidade concreta. Quanta coisa na sua mente estava deixando atordoada. Fechando os olhos passou a mão no rosto puxando os cabelos para trás na tentativa de poder apagar tudo que a incomodava e ao abri-los avistou ao longe uma garotinha correndo em direção a um homem que Dora julgou ser o pai dela. O homem pegou a garota e a girou no ar e menininha sorria.
Tudo que ela tem feito até hoje em sua vida era correr para longe de qualquer homem diferente daquela garotinha e ela sabia de quem era a culpa. Já estava na hora de se distanciar ela precisava de explicações e tinha que ser direto da fonte. Estava na hora de correr em direção a seu pai.
Chegando ao escritório de Augusto, Dora o avistou fechando a porta e quando ele se virou deu de cara com ela o que fez dar um leve sorriso.
-Olá. – Cumprimentou ele vendo que ela não dizia nada. – Quer me dizer alguma coisa?
- Não vim para o que você está pensando, então não precisa ficar feliz. – Falou séria se segurando.
- Você veio até aqui e isso pra mim significa muito. – Analisou ele – Já é um começo.
- Não é um começo pra nada. Só quero explicações. 
- E eu darei todas que você quiser. – Balbuciou Augusto. – O que quer saber? Quer que eu conte tudo o que aconteceu, porque eu sai de casa ou ...
- Eu estou cansada de tudo na minha vida não dar certo e quando eu paro para analisar a resposta é você. Tudo começou porque você me abandonou. – Ela desabou tudo pra cima dele – Eu abandonei o balé porque você fez pouco caso do meu recital, eu nunca consegui olhar no espelho e me ver como uma mulher bonita porque eu não tive o olhar masculino do meu pai para me dizer que eu era assim, eu nunca consegui continuar com um namoro porque eu pensava que todos os homens fariam como você que abandonou a minha mãe e a mim porque não me amava eu nunca conseguir acreditar em uma palavra de amor e sempre desconfiei de todo o tipo de afeto que alguém demostrava ter por mim. – Ela reparou que ele derramava algumas lagrimas e ela começou a derramar algumas também e controlou a raiva para continuar. - Sabe hoje eu vi uma criança no parque com o pai, ela estava com um lindo vestido de princesa e corria toda feliz e confiante para os braços do pai dela que a girava no ar e o sons das suas gargalhadas se misturaram. Eu pensei que eu nunca tive um pai que eu confiasse assim. Nunca tive um pai que pensasse em mim como sua princesinha. E depois de ver o casamento da minha irmã e a dança pai e filha eu percebi que eu também não poderia viver isso. Porque nunca tivemos um relacionamento pra que eu confiasse em você pra me guiar numa igreja ou me conceder a um homem no altar. Sabe, isso é triste de verdade Augusto! 
- Dora, eu não posso te pedir que instantaneamente confie em mim. – Augusto falou pausadamente - Eu não posso te pedir pra esquecer suas lembranças, nem as consequências delas, mas eu tenho uma esperança tão forte de que você tenha se tornado melhor do que eu e possa me perdoar. Dar-me uma chance pra ser melhor. Eu não posso negar que errei eu não vou me justificar e nem pedir desculpas, pois quem pede desculpas se exime da culpa, eu te peço perdão porque assumo o meu erro e quero mudar. Eu tenho um amor tão grande pra te dar pelos próximos anos que eu puder viver. Quero que ensine a suas irmãs como é ser linda e confiante como você. Eu quero ter a honra daquela dança pai e filha e te conduzir no altar, quero conhecer o homem que será digno de você, mas principalmente quero poder merecer te conhecer melhor pra quem confie em mim pra vivermos juntos tudo isso. Permite-me? Perdoa-me?
Dora o olhou e ele estava com os braços estendidos a aguardando para um abraço e veio a sua mente a última lembrança de Caio daquela forma e não hesitou correu mais uma vez, porém não na direção oposta. Foi em direção ao encontro do abraço, aquele abraço que tanto ela almejava em receber e ali mesmo chorou tudo que podia

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