30 de abril de 2013

Novos Encontros - Caio


Caio tinha apenas um endereço num pedaço de papel, sua prima Priscila morava num apartamento ali no centro o deixou de sublocação pra ele enquanto ela viajava em um intercâmbio de seis meses. ele só tinha que achar o proprietário. Viu um bar e sentiu o estômago roncar forte, um pingado lhe cairia muito bem agora. Chegou ajeitou a mochila pra recolher seus trocados, e sentou-se num banco alto no balcão. O dono do bar logo avistou o menino magro e fez sinal que iria atendê-lo.
- Bom dia rapaz! Deixa eu adivinhar. Novo na cidade?
- Primeiro dia aqui. De mudança! - falou ele mudando a mochila de lado e pondo entre os joelhos.
- Tem pouca bagagem, hein?
- É, e mais uma fome de dois cachorros magros, 3 mendigos e 15 crentes! Mas por enquanto eu só tenho pra um pão na chapa e um pingado. - o padeiro danou a rir, de chorar. Caio não via muita graça no fato de ele estar com fome e dinheiro contado, mas tudo bem riu com ele pra não ficar mal.
- Ohhhh meu rapaz assim tu me mata de rir! Com essa fome toda acho que consigo algo melhor pro seu primeiro dia. Que tal um suco e um bom sanduíche natural, fica por minha conta. Só não conta pra ninguém!
Ele se apoiou no balcão e aproximando dele sussurrou:
- Eu não conto! Mais eu sou daqueles que preferem café a suco, rola?
- Tudo bem te trago um expresso! - confidenciou o dono do bar.
- Acabou de ser tornar o meu melhor amigo! Caio Cruz a seu serviço quando precisar.
- Pedro quando quiser é só me procurar.
Caio pediu mais informações a Pedro antes de sair do bar e parado na calçada respirou fundo o ar dessa cidade. Ele tinha feito o primeiro amigo, nome de apóstolo, sorriu. "É Deus tamo junto, valeu!"
Seguiu feliz pro prédio a duas ruas dali, era no 6 andar, número 604 falar com Marta ou Cláudio. Ele tocou a campainha, mas demoraram pra atender. De repente me surge uma mulher irritada com um sapato na mão, abriu a porta e deixou-o entrar, gritando dentro de casa:
- Carol! Abre a porta desse quarto agora! Cláudio vem aqui atender o moço. Carol eu não vou falar duas vezes!
- Bom dia, você deve ser o primo da Priscila, entre! - disse Cláudio.
- Sou sim! Caio Cruz! - falou ele entrando em meio aos protestos da criança abafados pela porta e da senhora impaciente do lado de fora. Cena típica entre mãe e filha.
- Estamos tendo um dia difícil, uma menina voluntariosa está fazendo greve porque se acha grande demais pra ter uma babá.
- Sei como é tenho sobrinhas! E ela acham que sabem de tudo nessa vida.
- Pois é, o apartamento da Priscila não é muito longe desse prédio, na verdade é no prédio ao lado no sexto andar, neste mesmo condomínio. É pequeno, mas serve bem a uma pessoa. Ela deixou um depósito, para os dois primeiros meses, então você só fica mesmo com as despesas depois desse prazo.
- Certo, seu Cláudio.
- Oh Cláudio eu tenho que me arrumar pra trabalhar, você vai ter que se virar com essa menina. Segunda feira sua farra acaba, a babá vai te dar um jeito! - encerrou ela virando-se pra porta.
- Já vou aí, Marta.
De repente uma fresta da porta do quarto da menina se abre e os olhinhos azuis perscrutam o ambiente da sala e quando batem os olhos em Caio se iluminam e ela sai, impecavelmente vestida e calma como um anjo. A pele alva e os cabelos muito claros, tiara vermelha nos cabelos e levemente maquiada.
- Quem é pai?
- Este é Caio, o primo da Priscila, ele que vai morar lá enquanto ela viaja.
- Hummmmm, interessante. E que você faz pra viver Caio?
- Carol!
- Tudo bem! Eu sou pianista e você o que faz?
- Nada de muito útil aos sete anos e nem muito arriscado pra ser vigiada por babá, mas eles querem pagar pra eu ser educada, fazer o que?
- Desculpe! Ela é… - tentou se defender o pai.
- Você volta Caio? Você podia passar por meu irmão mais velho fácil, as meninas da escola iriam adorar você. Eu estudo na Aquarela, traços e letras. É fácil de achar fica na rua principal.
- Carol! Resolveu sair do quarto então. - volta a mãe ainda por terminar de se arrumar ao ouvir a voz da filha.
- To pronta mãe! Vai acabar de se vestir to conversando aqui. - falou Carol e Marta saiu pro quarto bufando e apontando para Cláudio e a menina.
- Então Carol, um dia se seus pais concordarem te busco pra tomar um sorvete, tudo bem?
- É pode ser! Eu queria ter um irmão mais velho e você é parecido comigo, não é pai? - perguntou a menina sorrindo pra Caio.
- É Carol é sim, igualzinho mais eu não fiz nenhum filho desse tamanho não! - o pai não pode deixar de rir dela.
- Carol eu agora tenho que ir, ver o apartamento que vou morar, foi um prazer te conhecer. - falou ele se inclinando na direção dela.
- Igualmente! - falou ela balançando seu vestidinho feito um sino.
- Prazer Caio, vai gostar do bairro e da vizinhança. Seja bem vindo!
Ele saiu da casa de Cláudio rindo da menininha linda que queria ser sua irmã, e acabou deixando no sofá as chaves do novo apartamento, não se lembrou delas até estar de frente do seu apartamento novo sem elas. Ainda bem que não era muito longe, desceu o elevador e foi em direção ao prédio onde Cláudio morava, pegou o elevador subindo e encontrou com Claúdio a meio caminho do corredor.
- Ei! Eu já ia levar isso pra você, escuta eu não te apresentei ao síndico do prédio fica dois andares acima, seu João, 807 vou voltar pra lá pra fechar o negócio com a babá. A menina tá dando um trabalho. Até mais amigo!
- Até mais!
Caio falou com Seu João e homem parecia simpático lhe passou rapidamente as regras do condomínio e lhe deu as boas vindas. Agora sim, ele iria pra sua nova casa. Pegou o elevador de volta feliz e ansioso. Estava com o sorriso bobo nos lábios quando se porta abriu, porém o clima do casal nada feliz não estava receptivo ao seu sorriso e foi completamente ignorado por eles. O silêncio no ambiente se mantinha, entraram duas senhoras confabulando segredos de ombros uma com a outra e logo em seguida uma jovem meio tensa de rabo de cavalo, entrou ajeitando os óculos sob o nariz, era um belo nariz arrebitado ele notou. De repente houve um forte barulho e tudo ficou escuro, o elevador parou. As respirações ficaram pesadas. O rapaz tenso esbravejou
- Droga!
- O que aconteceu? 
Perguntou Caio que se assustou pela leve trepidação e já procurando tatear a luz de emergência quando uma pequena lanterna a iluminou e o outro rapaz a alcançou mais facilmente e lhe respondeu:
- Algum problema no elevador, mas logo alguém vem resolver.
"Ainda bem que não vou morar neste prédio." pensou Caio e se lembrou de Carol perguntando se ele voltava. Ele voltaria, gostou da idéia de adotar a menina como irmãsinha.
Um celular tocou e os dois bicudos se agitaram, mas a menina atendeu, deviam ter o mesmo toque de celular. Na verdade uma confusão incomoda, os dois haviam trocado de celular e pelo pouco que pode notar eles apesar de tensos um com o outro pareciam também se conhecer há pouco. Ela se chamava Mel, pelo que respondeu a ligação e ele Rodrigo. Ela era muito linda e ele tinha o perfil de galã, e depois que ele sorriu pra ela então, quase pode ouvir os suspiros femininos ao redor dele. Clichê! Caio cruzou os braços, esperou e enfim ele pode descer e seguir seu caminho. 
Caio entrou no seu novo apartamento, era mesmo pequeno, uma sala pequena retangular e atrás do sofá começava a pequena cozinha pia, microondas, minifogão e um frigobar, ela devia comer muito fora, ao lado da porta tinha o banheiro social e no mesanino uma cama e uma minibiblioteca e um banheiro também e era só isso. Pequeno e confortável. Porém, as cortinas rosas e almofadas liláses estavam dando alergia em Caio. Foi caçar algumas caixas pra guardar o que era tipicamente feminino e deixar aquele ambiente com mais cara de homem. Em dois dias ele estava com o apartamento praticamente nu de itens femininos e pronto pra caçar um emprego, já tinha listado alguns no jornal e ganhou a rua. Bateu perna quase o dia todo e nada. Estava na rua principal e por coincidência passava em frente a escolinha de Carol, as crianças saiam a toda com suas mães ou respectivas babás, pela hora Carol já devia ter ido também, porém se surpreendeu quando ouviu seu nome num agudo conhecido.
- Caio! Você veio!
- Carol espera aí quem é esse? - falou a professora.
- É meu primo tia!
- Boa tarde, a babá dela não veio? Me chamo Caio Cruz, moro no apartamento do pai dela seu Claúdio, não sou primo não. - esclareceu ele a professora.
- Ainda não chegou. Você a leva? Estou enlouquecida com esses pequenos aqui. Vou só ligar pra confirmar com os pais. Caio Cruz, certo? 
- Sim, eu aguardo! - falou ele e depois se virou pra menina. - E aí mocinha, como é que foi a escola hoje?
- O mesmo de sempre, muita criança chata chorando por nada!
- Entendo, isso é chato mesmo! - riu-se dela.
- Seu Caio, confirmado, pode levá-la. - disse a professora com o telefone nas mãos.
- Então, vamos! - ele a pegou pela mão.
Eles seguiram viagem quando foi abordado por um louca de nariz arrebitado lhe enfiando o dedo na cara e acusando de tarado! Ele teve que rir e percebeu que ela não estava brincando e numa cidade como essa talvez ela só estivesse equivocada quanto a ele e realmente sejam altos os casos de pedofilia na cidade, por isso se mostrou sério e tão preocupado com Carol quanto ela parecia estar.
- É seguinte defensora dos fracos e oprimidos, essa garotinha é minha vizinha e a irresponsável da babá se esqueceu de que tinha um compromisso. Estou a livrando aquele aprendiz do mal que ela poderia ter causado a Carol. – O rapaz se explicou sério.
Carol puxou o braço de Caio e falou com desdém da babá:
- Caio, esta é a minha babá! - ele voltou toda a sua atenção pra tal babá que agora gaguejava diante dos olhos verdes inflamados de Caio.
- E… eu não sou nenhuma irresponsável. - ela tremia um pouco, talvez ele fosse até parente da menina, ela perderia o emprego fácil agora, ia se explicar quando ele a interrompeu.
- Olha, eu não estou nem aí para as suas explicações. Eu não posso estar aqui todo dia para aliviar sua barra. Se for a babá faça seu serviço direito. – disse ele rude. – Carol, até mais.
Só depois de se afastar percebeu de onde tinha visto aquele nariz atrevido. Tinha pegado pesado com ela, nem foi um grande atraso, mas ao pensar nas sobrinhas passando por esse tipo de situação, o deixava irritado. Um dia ele se desculparia, mas com certeza ela não irá repetir a dose.

29 de abril de 2013

MEME 7 coisas

Midnight dreams Vector Graphic

Esse Meme recebi da amiga Elizama do Cantinho Peculiar

7 coisas para fazer antes de morrer
1- Servir a Deus com mais vigor
2- Estar com minha família sempre!
3- Ter um filho com meu lindo marido 
4- Lançar todos os meus livros e aqueles que tenho em mente
5- Cantar mais...
6- Viajar pelo mundo
7- Ser feliz ao máximo


7 coisas que mais falo
1- Amooor...
2- Cala boca.... (em outras palavras que viajem, fala sério...)
3- Poxa vida;
4- Fala sério
5- Preciso caminhar
6- Tô com sono
7- Tô com fome! rs



7 coisas que faço bem
1- Escrever
2- Cantar
3- Blogar;
4- Ter muitas ideias
5- Biscoitos...rs
6- Pensar de mais
7- Falar muito quando reencontro um amigo ou estou cheia de ideia.


7 coisas que não faço
1- Faltar ao trabalho por bobeira
2- Humilhar as pessoas
3- Ficar sem escrever
4- Debochar de alguém
5- Faltar com respeito
6- Levantar falso de alguém
7- Enganar alguém.


7 coisas que me encantam
1- Jesus
2- Minha família, meu marido
3- Ter um bebê
4- Ler um livro fascinante
5- Montanhas
6- Fazer a diferença
7- Gestos simples

7 coisas que eu não gosto
1- Inveja
2- Falta de caráter
3-Orgulho
4- Mentira
5- Falsidade
6- Me deixar falando sozinha
7- Injustiça

7 pessoas para responder o meme
Gleize Costa
Priscila Reis de Andrade
Renata Martins (Adolescente - Alguém te entende)
Ká Guimarães

Denise Beliato
Pamela Moreno Santiago
Mariane Lobo

26 de abril de 2013

Triologia Magus, Vol I: O Presságio - Valerio Evangelisti

A Fantástica História de Nostradamus

   A história de Michael se passa no século XVI - "século das grandes transformações e conflitos, sofrimentos e descobertas". É nessa época que a Inquisição joga sua sombra sobre toda a Europa, numa tentativa desesperada de conter os manifestos que não correspondessem às condutas do cristianismo. A Espanha é a mais cruel - está faminta por extinguir os hebraicos das formas mais violentas possíveis; qualquer indício que coloque um indivíduo contra a Igreja pode acabar levando-o para a fogueira. Já a França, a França das artes, da literatura, a França pagã, consegue ser mais tolerante e até incentiva a liberdade de pensamento.
   É esse o cenário de calamidade e guerra constante em que Michael aparece, mais do que como um simples universitário prestes a se formar em medicina, ele é, como diz o livro 'o poeta que lhes sirva de intérprete' (a essa época dominada pela fome e pela peste).

   No primeiro volume, somos apresentados ao personagem principal. Michael, a primeira vista é apenas um universitário que divide sua rotina entre seus estudos e os costumes devassos. Mas o homem de capa preta que começa a persegui-lo parece saber muito mais a respeito do jovem e também parece ter motivos suficientes para querer vê-lo destruído.
   Antes de entrar na universidade, Michael foi iniciado nas artes da magia e da alquimia por Ulrico Magonza e este fez de Michael um sábio, o seu discípulo favorito.
   Guiado por essa pista, Domingo Molinas o representante mais obsessivo e perigoso da Inquisição Espanhola vai no encalço de Michael esperando que este o leve ao seu mestre para então poder destruir ambos, símbolos de perigo eminente a Santa Igreja.

   Michael é o clássico anti-herói. Faz tudo o que for possível para esconder sua origem hebraica - não por desgosto mas por necessidade, ser hebreu representava um perigo altíssimo - e sendo assim ele se encaixa em todas as convenções do cristianismo, faz de tudo para ser um homem respeitável - inclusive maltratar sua namorada e futura esposa como todos os homens 'de bem' faziam.

"É melhor estar nas mãos de Deus do que nas mãos de um homem respeitável", pag. 216 - diz ela a certa altura do livro.
   Aliás essa obra se apresenta nos mínimos detalhes sobre a época em que a Europa sofre os horrores da Inquisição, da fome e da peste. Rico em descrições, dados, informações históricas, pra quem gosta, é uma beleza. Retrata muito bem também o papel da Igreja e da mulher na sociedade, o medo que o povo tinha da astrologia e da magia, e as próprias universidades que também não tinham liberdade alguma com relação à religião.

"Queremos ser deuses, mas deuses conscientes. Sem a consciência um deus é idêntico a um demônio, prisioneiro do próprio inferno.", pag. 235.

   Durante toda a narrativa, fica no ar o que significaria 'Abrasax'. Sabe-se que é o símbolo da misteriosa seita dos Iluminados, formada por Ulrico Magonza, e para Molinas isso é suficiente para pôr-se em perseguição contra esse mago e seu discípulo. E o famigli da Inquisição não mede esforços - cristão fervoroso, ele passa pelas mais dolorosas provações (algumas provocadas por ele mesmo, em castigo) para poder conseguir o seu objetivo.
   O 'vilão' dessa história também é ambíguo. Seu desejo de exterminar o herói se recosta num motivo 'supostamente nobre' de estar fazendo um serviço a Deus; é nisso que ele acredita e pra ele isso é tudo.

   'O Presságio' tem uma boa narrativa, que não puxa muito pelo suspense, mas sim pela qualidade da descrição - a ambientação da época é maravilhosa e os personagens são bem complexos, é fácil se envolver com eles e à medida que você os conhece, já não sabe mais 'pra quem torcer', ou quem é bonzinho e quem é o vilão. Ainda não terminei a leitura, mas estou gostando bastante e pretendo ler os outros volumes - daí eu conto tudo aqui :D

25 de abril de 2013

Entrevista com Bhya Cortes

       Hoje iremos conhecer a querida Bhya Cortes, que em poucos dias estará lançando o seu livro.
Então, pegue um café, fique a vontade e venha conferir de perto o nosso bate papo.

Quem é Bhya Cortes?

Sempre é complicado falar de mim mesmo. Mas sou sensível ao máximo, apaixonada perdidamente pela arte de escrever, pela leitura. Posso dizer que não sou tudo que acho que deveria ser, mas me esforço ao máximo pra ser tudo o que vai me fazer feliz. Sou ciumenta, carinhosa, e me apego demais as pessoas. E um segredinho! rs' FALO DEMAIS! Falo o tempo inteiro, sou totalmente impaciente e inquieta. 

Como descobriu a paixão pela escrita?

Desde criança. Sempre gostei de ler. Ia nas Bienais com a escola e voltava lotada de livros, e não sossegava até terminar de ler todos. A leitura me incentivou a escrever. Escrevo desde os 11 anos (se me lembro bem). Escrevia em diários, blogs, etc.  Escrevi até uma novela com umas 900 páginas, rs. Até chegar aqui. 

Como foi o processo de publicação do seu livro?

Angustiante! Sou muito ansiosa e não consigo me controlar. rs' A equipe da Novo Século foi bem atenciosa comigo. Nunca me deixaram sem notícias, mesmo quando estava em revisão. Mas a verdade é que veio tudo mais rápido do que imaginei. Quando assinei o contrato, a previsão era pra junho. E estou aqui, em abril, com ele chegando em minha casa.

Conte um pouco sobre o livro. 

O livro conta a história de uma jovem chamada Luíza. 
Luíza passa por situações muito complicadas em sua adolescência. Por experiências bem traumáticas. Isso muda radicalmente sua vida e, desde então, ela passa a conviver com a dor de tudo aquilo que aconteceu. Seu passado vive ali, do seu lado. Até que conhece alguém disposto a descobrir o que se passa com ela, e faz de tudo pra conseguir o que quer. É um romance divertido, misterioso e apaixonante. Espero que gostem! 

"E, quando me virei para ver o que havia acontecido, me encontrei com um par de olhos azuis fixados em mim. Ele não se movia. Eu também não me movia. E meus olhos estavam presos nos dele."

"É triste não saber do futuro, mas sinceramente, nem sei se gostaria mesmo de saber. Talvez perdesse a graça de vivê-lo em sua espontaneidade."

Você se identifica com algum personagem?

Em algumas coisas sim. Acredito que é impossível um autor escrever um livro e não colocar um pouco de si em algum personagem. Luíza tem minhas inseguranças, meus medos, e principalmente, minha perseverança.

Qual foi a sensação ao pegar o livro em suas mãos pela primeira vez?
Vou sentir isso na segunda. rs' Ele chega segunda agora, estou louca de ansiedade e sei que vou chorar horrores! kkkkk'

Autor e livro que é sua inspiração.

Não consigo dizer só um. Vou falar um antigo e um atual. rs
Fernando Pessoa e Nicholas Sparks. 
Madame Bovary (Gustave Flaubert) e A escolha (Nicholas Sparks)

Deixe uma mensagem para todos aqueles que estão em busca de seus sonhos.

Os sonhos devem ser reais em nossa vida. Não existe uma vida sem sonho, e se existe, creio que deve ser muito triste. Frustrante. Sonhar é como respirar. É necessário pra se viver. Nunca desista de ver os seus sonhos concretizados. Não existe palavras pra descrever a sensação! 
Independente do que as pessoas falam, independente do que pensam, acredite em você mesmo! Seja firme. Tenha fé!

As redes sociais da autora.



24 de abril de 2013

Alegria...

A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e  dividindo a nossa dor.

A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.

A gaveta da alegria
já está cheia
de ficar vazia

Pode-se ficar alegre consigo mesmo durante certo tempo, mas a longo prazo a alegria tem de ser compartilhada por duas pessoas..

23 de abril de 2013

Dia mundial do livro!!

Hoje é o Dia mundial do livro. Vamos celebrar, nós leitores e escritores apaixonados por eles!!!

”O autor só escreve metade do livro. Da outra metade, deve ocupar-se o leitor.” - Joseph Conrad

”Um livro não é um livro, mas sim um homem que fala através do livro.” - Alberto Moravia

"A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados". René Descartes


SAIBA MAIS...


23 de Abril celebra-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. A data tem como objetivo reconhecer a importância e utilidade dos livros, assim como incentivar hábitos de leitura na população.
Os livros são um importante meio de transmissão de cultura e informação, eelemento fundamental no processo educativo.
No Dia Mundial do Livro decorrem várias ações de promoção dos livros e da leitura, organizados por livrarias, associações culturais, escolas, universidades e outras entidades.
Origem da data
A UNESCO instituiu em 1995 o Dia Mundial do Livro. A data foi escolhida por ser um dia importante para a literatura mundial - foi a 23 de Abril de 1616 que faleceu Miguel de Cervantes e a 23 de Abril de 1899 nasceu Vladimir Nabokov.
A data serve ainda para chamar a atenção para a importância do livro como bem cultural, essencial para o desenvolvimento da literacia e desenvolvimento económico
O dia 23 de Abril é também recordado como o dia em que nasceu e morreu o escritor inglês William Shakespeare.


Fonte: Calendarr

Belo Começo

Na escuridão do elevador Dora entrava em conflito com os seus temores. Tinha pavor de ficar no escuro em lugares desconhecidos e com pessoas estranhas. Não sabia se gritava ou se ficava quieta em seu canto, decidiu ficar na sua. Ela mal podia acreditar que logo após sua entrevista de emprego ficaria preso ao elevador. Seus nervos estavam à flor-da-pele o único pensamento em que via a cabeça era No que foi se meter?
Não sabia se o que aconteceu foi uma queda de energia ou algum problema no sistema, mas o conflito foi logo resolvido e isso inclui a aparente discursão cheia de ironia de uma moça e um rapaz que estavam aprisionados ao elevador junto a ela.
Quando conseguiu se livrar deste sufoco saiu sem reparar os companheiros do elevador.

 Ao chegar em casa sua mãe estava a sua espera. Antes de relatar os acontecidos para dona Isabel, Dora bebeu dois copos de água gelada de uma vez só que até doeu à garganta, tossiu e sentou-se para conversar com a sua mãe, logo após foi para seu quarto para tomar um banho.
-E aí? Como foi a entrevista? – sua irmã Lia perguntou logo que a viu entrando no quarto.
-Foi bem. – disse logo após um suspiro – Hoje foi um dia daqueles.
Dora e Lia além de irmãs eram ótimas amigas e a garota gostava muito de se abrir com ela.
-O que aconteceu? – Lia preocupou-se.
Dora olhou para os lados como se escondesse alguma coisa.
-Entra aqui no quarto que eu te conto.
As duas entraram no quarto e Lia se sentou na cama afastando umas roupas que ali estavam.
-Bom... Vou cuidar da Carol uma garotinha de 7 anos. Sabe? – disse sentando perto da irmã – Acho que ela não foi com a minha cara ou não gosta da ideia de ter uma babá. Ela me olhou de cima embaixo e agiu comigo como se eu fosse a criança. Ai... – fechou os olhos e olhou pra cima – Espero que ela não seja daquelas meninas mimadinhas, senão eu não irei aguentar.
- Ok. Desejo-te sorte, mas acho que não é bem isso que quer me contar. – Lia conhecia a irmã e sabia que a algo a mais.
Dora coçou a nuca preocupada.
-É o seguinte, logo que sai do apartamento da minha “patroa” o elevador que tomei deu uma pane e fiquei apavorada naquele escuro com os outros que estavam lá. Fiquei com medo que desse uma queda livre, mas tudo voltou ao normal, acho que só foi uma queda de energia.
-Nossa. – Preocupou-se a irmã – Que perigo. Você contou pra mamãe?
-Achei melhor não. Ela poderia se preocupar muito e não permitir que eu trabalhasse, mas já que está tudo certo não quero desistir logo agora. Vou procurando outro serviço enquanto ganho uma graninha neste. Por favor, não conte pra mamãe. – Pediu a irmã.
-Pode deixar. Não quero ver a dona Isabel com seus chiliques de preocupação.

**
Apavorada Dora a cada minuto olhava no celular para ver que horas eram. Já havia passado 5 minutos do horário do sinal do colégio de Carol. Como agora ela era a babá da garota teria que busca-la todos os dias, porém sábado e domingo não trabalhava.
- Isso não está acontecendo. – pensou negando – Não no meu primeiro dia.
Inquieta levantava a cabeça para ver onde estava. O ônibus ia devagar devido ao congestionamento do transito. A garota pensava no por que daquela geringonça não poderia ir mais rápida, mas sabia que não era culpa do ônibus. Para sua infelicidade o transito parou totalmente devido ao um acidente de carro há duas quadras a frente.
Decidida levantou-se do seu assento e seguiu seu caminho a pé. Correndo torcia para que estivesse tudo bem com a menina e que ela não conte nada para seus pais, pois isso seria péssimo para sua reputação.
Conseguiu chegar ao colégio, entretanto o desespero aumentou. O fluxo de crianças que havia naquele local deixou Dora desesperada.
Como encontraria Carol no meio daquilo tudo?
  A menina era pequena, magricela, de cabelos loiros e olhos azuis, não era o tipo diferente, porém não conseguiu encontrar nenhuma garota de cabelos tão claros como o dela.
Olhou para todos os lados desesperada até que enfim viu uma garotinha distanciando do colégio que com certeza seria ela, mas para aumento de seu desespero ela não estava sozinha havia um rapaz levando-a.
Dora além de chegar atrasada você perde a menina e um maníaco a estuprador a sequestra. Belo começo. – Ela pensou.
Ainda desnorteada ela não deixaria barato. Correu aflita entre as pessoas que estavam na rua. Se fosse acontecer algo de ruim ela pelo menos tentaria intervir. Quando conseguiu se aproximar o máximo deles ela parou.
-Ei você! – disse ofegante, porém brava – Aonde pensa que vai com essa garota?
Dora esperava que depois de tanta braveza o cara largasse a garota e sairia correndo como se fugisse da policia, pelo contrario, ele se virou e a encarou.
-É melhor largar essa menina. Acha que uma garotinha satisfaria seus desejos? Olha o seu tamanho. – Dora estava disposta a falar sem parar – É melhor você sumir da minha frente antes que eu chame a policia. – Disse confiante.
O rapaz riu da cara dela, mas logo em seguida parou por ver o semblante da moça fechada.
-É seguinte defensora dos fracos e oprimidos, essa garotinha é minha vizinha e a irresponsável da babá dela se esqueceu de que tinha um compromisso. Estou livrando aquele aprendiz do mal que ela poderia ter causado a Carol. – O rapaz se explicou sério.
Os olhos verdes do rapaz a fuzilava e aquilo a constrangeu.
-Caio ela é a minha babá. – Carol esclareceu a situação deixando o rapaz mais revoltado.
-E...eu não sou nenhuma irresponsável. – falou gaguejando – O ...
- Olha, eu não estou nem ai para as suas explicações. Eu não posso estar aqui todo dia para aliviar sua barra. Se for a babá faça seu serviço direito. – disse ele rude. – Até mais Carol.
Carol deu tchau enquanto Dora engolia todas as palavras dele. Sentiu-se tão envergonhada e constrangida que quis chorar, mas ponderou pela presença da menina. Pegou na mão da garota e seguiu seu curso.
 renata massa