11 de dezembro de 2012

Um pouco de nós com Cosmo

              Vamos conhecer mais um co-autora da coletânea Um pouco de nós.
Sinta-se a vontade e prestigie os novos talentos...

Quem é "você"?

 Meu nome é Cosmo de Athanázio. Tem um Araújo no meio que resolvi cortar (para decepção do familiares do lado dos Araújo). Gosto de me identificar como filho de Minas, adotado por São Paulo e apaixonado pela Bahia, sua gente, sua terra, seu jeito. Sou de libra, portanto sonhador. Sou mais emoção que razão. Tenho um coração que não vale nada, desobediente e tolo. Apaixona-se tão facilmente que me dá um trabalho incrível esse menino que insiste em não acompanhar meus 56 anos. Ama como um adolescente, é imaturo como um leonino e sofre como um adulto. Gosto de poesias, de cinema, de teatro, de gente. Hã? Você só queria saber meu nome, desculpe.

Quando e por que começou a escrever?

Não sei quando comecei a escrever. Olhando para trás percebo que tenho coisas escritas desde os meus treze anos, mas também fazia algumas "artes" antes dos 10. Minha irmã lia muitas fotonovelas e posso dizer que a primeira palavra que li sem saber ler foi em uma das revistas Sétimo Céu, Noturno ou Ilusão. Quando aprendi a ler eu costumava brincar de encenar essas histórias com alguns bonequinhos em miniatura e então eu fazia minhas próprias adaptações. Acho que foi daí que nasceu a paixão pelos textos, pelos dramas. Me apaixonei muito cedo, e isso me inspirou muitas poesias adultas e doloridas para um menino de 13 anos. São poesias que nunca foram lidas por ninguém e que um dia espero ter coragem de mostrá-las.

Tem algo publicado?

Não. O conto no livro Um Pouco de Nós foi o primeiro. 

Qual o seu conto no livro "Um pouco de nós"

O título do meu conto é Malandrinha. Começa com a  a introdução de uma música com o mesmo nome.

Dá onde surgiu a ideia de escreve-lo.

Dessas inspirações que a gente tem de repente. Tive vontade de escrever sobre a idolatria, as pessoas que colocam num pedestal o ser que ama, sobre as pessoas que amam idolatradamente e não são capazes de suportar a verdade que este tão tão amado é uma pessoa normal, não é tão especial. O conto já o tinha desde 1984. Primeiro havia o adaptado, assim que soube das regras do concurso, para a frase do Machado de Assis: Não se ama duas vezes a mesma mulher. Depois de tanto mexer um pouco aqui, esticar um pouco ali percebi que a frase de Gilberto Braga e Ricardo linhares cairia bem no contexto do que acontece com o personagem,. "Pronto, morri..." deu um ar menos dramático à situação.

Qual foi a sensação de fazer parte deste projeto.

Participei porque uma amiga, fã de minhas colocações e pequenos textos no face me incentivou a escrever a biografia do pai dela. Então com o projeto aprovado postei no face que ia escrever um livro. Foi um tal de incentivos e elogios que me assustou de início. era muita gente torcendo por mim e querendo ler o livro que escreveria. O projeto não foi pra frente devido a alguns acontecimentos inesperados que aconteceram tanto na vida da minha contratante, como na minha. Depois uma outra amiga começou a me enviar sites de concursos literários e incentivar que participasse de algum deles. Confesso que foi difícil me desapegar do texto. O primeiro que iria mandar para o mundo afora, a minha apresentação, meu cartão de visitas.Havia vários "filhos" para escolher um e mandar embora de minhas gavetas. Chegou um momento em que achava que não conseguiria, achava que meus textos bobinhos demais, só serviam pra mim. Mas as pessoas que me liam no Face pensavam o contrário. então fui acreditando que tenho jeito mesmo e quase no prazo final conseguir enviar Malandrinha para o concurso. Arrependi mil vezes. Malandrinha ia dar vexame, ninguém iria se importar com ela. E se não me devolvessem? E se rissem dela e não com ela? Mas já tinha enviado, agora era só esperar. E como foi dura essa espera. quando a Elaine publicou que ria e chorava com alguns dos textos recebidos meu coração bateu descompassadamente. Estaria Malandrinha entre os textos que a faziam sorrir? Depois não falava-se mais do assunto e os meses pareceram anos. Quando finalmente veio o resultado e vi que minha Malandrinha estava entre os classificados para fazer parte do livro me enchi de orgulho e alegria. Foi como se anunciasse que meu filho nascera, nunca tive filho para comparar mas acho que deve ser a mesma a emoção. Eu nunca sonhara em ser escritor, agora sonho. eu nunca tive coragem de compartilhar meus textos, minhas inspirações, agora tenho. Quando recebi o livro prontinho, com meu nome na capa e tudo fiquei ansioso para ver como "vestiram" Malandrinha, como era ter um conto diagramado, arrumadinho num livro de verdade. Contive minha ansiedade e me torturei um pouco mais. Fui lendo e me deliciando com os contos que antecederam o meu até chegar na página onde estava a minha cria. Onde estava Malandrinha. E ri e chorei ao ler meu conto. MEU conto!

Deixe uma mensagem para aquele que buscam seus sonhos.

Não duvide de você se as pessoas acreditam. Se você gosta do que faz, você há de fazer bem feito. Persista. 
  
Quero ser seu amigo no face.

Um comentário:

Edum@nes disse...

Cheguei ao reino de Betra
Para boa tarde lhe desejar
Que sua vida seja sempre bela
Amor e felicidade nunca faltar!

A você que escreveu
Nesta terça-feira a pensar
Para o bem fazer nasceu
E para contra a mal lutar!

Boa terça-feira para você,
Um abraço
Eduardo.

 renata massa