Agora é a vez da querida Lu Piras que já teve
duas entrevistas aqui no blog.
Confira: Equinócio e Sobre A última nota
Mas hoje ela vem como integrante da Turnê Literária!!!
Então vem com a gente, pegue seu cafézinho
e venha conhecer um pouco mais desse belo trabalho.
Então vem com a gente, pegue seu cafézinho
e venha conhecer um pouco mais desse belo trabalho.
Quando e como descobriu a sua paixão em escrever?
Eu sempre gostei de escrever. Quando adolescente, escrevi
dois livros não publicados que me dão muito orgulho pelas circunstâncias em que
foram escritos. Naquele tempo ainda se usava máquina de escrever e,a ausência
de computadores e internet, eu precisei fazer as pesquisas em enciclopédias
antigas. Acredito que o entusiasmo surgiu naquela época. Eu lembro que assistia
aos filmes e ficava imaginando outros finais, outras histórias para os personagens
que gostava e isso era muito motivador. Depois disso, entrei na faculdade de
direito e comecei a trabalhar, o que me distanciou da vocação de escrever.
Somente em 2009, esse desejo veio novamente à tona, e com toda força.
Aproveitando um momento mais introspectivo da minha vida, decidi que era hora
de acreditar no meu potencial de contar histórias e levar adiante a ideia de
publicar um livro.
Como começou a turnê literária? Da onde veio a ideia e
como se sente com este novo projeto?
A turnê começou com a iniciativa de Adriana Brazil que,
mirando-se no exemplo de um grupo literário de destaque, teve a iniciativa de
reunir autores com o intuito de divulgar e incentivar a leitura. A concepção já
havia, mas a Turnê tem uma idealização própria que com o tempo foi se
definindo, a de viajar pelo Brasil levando histórias.
Fiquei muito feliz quando recebi o convite da Adriana para
integrar esse projeto, pois todos nós, escritores ou não, que de algum modo nos
envolvemos com a literatura no Brasil, assumimos o desafio de mudar a realidade
difícil de trabalhar e viver dela, de expandir e criar bases sólidas no nosso
mercado, de incutir no brasileiro os valores culturais de ler um livro
nacional, de promover uma literatura nacional de qualidade. Nosso propósito é
comum e eu me identifico com os objetivos do grupo.
Como são esses encontros? O que acontece? E como é a
recepção do público?
Os eventos que realizamos normalmente têm lugar em
livrarias, pois é o espaço em que o público sente-se envolvido por livros e
também onde podemos vender nosso trabalho. Além de palestras sobre literatura,
o bate-papo nos permite aos autores interagir com os leitores, descobrir as
carências, as sugestões, as críticas, as necessidades, enfim, traçar um perfil
deles que nos ajude a identificar possíveis maneiras de desenvolver melhor o
nosso trabalho e alcançar um público cada vez maior. Essa troca beneficia ambas
as partes, aproximando o autor do leitor e ampliando seus horizontes
literários. Normalmente também fazemos sorteios com brindes e livros, o que
estimula bastante a participação do público. A reação é sempre a melhor
possível. Sempre saímos do evento com a satisfação de não só um dever cumprido,
mas de uma realização pessoal. Falar de literatura é dar e receber cultura,
arte, paixão. E isso nos deixa plenos.
Fale um pouco sobre o entrosamento do grupo. Já pensaram
em escrever algo juntos?
Os membros da Turnê Literária têm objetivos comuns e
trabalham pelo mesmo e isso fortalece a missão do grupo e cada um de nós, individualmente,
no grupo. Além de escritores, temos outras profissões e nem sempre podemos
dedicar-nos tanto quanto a tarefa exige e merece. Muitas vezes a luta é difícil
e baqueamos diante das dificuldades. E, quando isso acontece, temos um ao
outro, buscamos forças um no outro, damo-nos as mãos. Isso é parceria de
verdade. Ainda não pensamos em escrever nada juntos, mas futuramente, quem
sabe?
O que você acha da literatura nacional atualmente?
A literatura nacional está se reestruturando neste momento. Há
muitos autores novos chegando, um não, diria que há um boom de novos autores (a
maioria, iniciantes) que trouxe novo gás e novos desafios para o mercado
brasileiro. Portanto, acredito que é tudo novidade, nunca vivemos um momento
como esse. Eu acho isso muito positivo e fico otimista com as perspectivas de
ampliar esse mercado, de criar uma plataforma que possa incluir os livros
nacionais de qualidade não só nas livrarias, mas nas grandes estratégias de
marketing das editoras. É preciso vender o nosso produto e vendê-lo bem, sem
comparações com a literatura estrangeira, pois o que é genuíno não deve
permitir comparações. É nosso e quando valorizamos, ainda mais nosso se torna.
Deixe uma mensagem para aqueles que estão em busca de
seus sonhos como escritores.

Fale um pouco sobre você e seu(s) livro(s)
Aproveitando deixe um pequeno trecho do livro para que os
leitores apreciarem.
A Lu é uma eterna menina, sonhadora e apaixonada pela vida,
que adora paisagens de montanha, viagens, costumes e histórias de amor. Não sou
diferente e sou diferente da Clara ou da Alícia, minhas duas protagonistas. Sou
um pouco de cada uma delas naquilo que as difere de mim e sou muito de cada uma
delas naquilo que temos em comum.
A Clara é a protagonista de Equinócio - a Primavera, romance
sobrenatural publicado pela Dracaena Editora em 2012. Equinócio é o primeiro
volume de uma série e conta a
história de uma jovem que se apaixona por seu anjo da guarda
e as aventuras e desventuras dos dois para assumirem o romance proibido e
impedir que forças do mal arquitetem um plano de dominação da Terra. Esgotado,
o primeiro livro ganhou a segunda edição e, juntamente com o segundo volume,
Polaris - O Norte, será publicado ainda neste primeiro semestre de 2013.

O que Equinócio e A Última Nota têm em comum é o traço
narrativo romântico e a valorização de valores pessoais, profissionais e da
família. A família é um núcleo muito importante em ambas as histórias. Em
Equinócio, o sobrenatural é mais marcante por causa do tema "anjos".
Em A Última Nota, existe uma aura de mistério do qual o próprio leitor tirará
suas conclusões.
Trecho de A Última Nota:
"Havia uma lágrima teimando em cair. Sebastian
levantou-se e estendeu a mão. Ele recolheu a lágrima no dedo, sem desfaze-la,
levou-a até o canto do seu olho, onde a pousou. Minha lágrima deslizou na sua
face, como se ele mesmo a tivesse derramado. O quanto ele podia ver de mim? O
quanto ele me enxergava? O quanto ele me amava? - Eu chorarei todas as suas
lágrimas. E quero sorrir todos os seus sorrisos. - Ele fez uma pausa, e sua voz
se encorporou mais: - Eu não sei quem sou, quem fui ou o que farei... Eu não
consigo responder sua pergunta anterior, nem mesmo posso lhe dizer meu
verdadeiro nome. Eu só sei que não sou nada sem você. Nada. Com o polegar,
enxuguei o rastro que a lágrima deixara em seu rosto. - Eu sei que é você. Você
é o meu Sebastian. E isso e suficiente."
Trecho de Equinócio - a Primavera:

mim. Nunca estive tão segura e ao mesmo tempo nunca me senti
tão insegura. Para que eu alcance o inatingível e possa provar aos meus
sentidos que amar o sobrenatural é natural, Nate precisa amanhecer um lado para
que o outro anoiteça. Eu preciso ver o homem que se eclipsa na sombra do
anjo."
Redes Sociais da autora
Twitter: @LuPiras80
Até a próxima pessoal!