Olá! E mais um especial está chegando. Dessa vez vamos conhecer a querida Samanta Holz, é sua segunda entrevista aqui no blog. Então, não deixe de conferir. Vem com a gente!
Quando e como descobriu a sua paixão em escrever?
Não sei se existe um momento específico em que essa paixão
tenha nascido. É mais provável que ela já estivesse em mim, e eu apenas a
tivesse deixado aflorar! Talvez o fato de ter nascido no Dia Mundial do Livro
tenha algo a ver... (risos)
Meu primeiro sonho relacionado à escrita nasceu quando eu
tinha sete anos. Nessa época, eu era apaixonada pelos gibis do Mauricio de
Souza e tinha em mente que queria ser redatora dos estúdios dele! Então,
comecei a satisfazer esse sonho “produzindo” meus próprios gibis; juntava um
monte de folhas sulfite, grampeava no meio, dobrava... e criava! Continuei com
as historinhas até, um pouco mais tarde, fazer poemas, contos, reflexões!
Sempre tinha um caderno repleto de pensamentos e rabiscos, e não é diferente,
hoje em dia!
Como começou a turnê literária? Da onde venho a ideia e
como se sente com
este novo projeto?
A Turnê foi idealizada pela autora Adriana Brazil e ela
convidou um grupo seleto de autores, explicando a ideia. Logo no começo, ela me
chamou, mas eu estava impossibilitada de aceitar o convite por algumas
dificuldades pessoais. Isso foi no começo de 2012. Então, alguns meses se
passaram e, em julho, a Turnê Literária foi a Curitiba e eles me convidaram
para fazer uma participação especial. Eu aceitei, claro, e tivemos uma empatia
tão forte, uma “química” tão deliciosa que eles perguntaram se eu desejava
fazer parte do grupo. Eu já havia superado as questões que me impediam, antes,
e aceitei! Ser parte da Turnê Literária proporcionou-me momentos maravilhosos.
Além de me permitir conhecer autores incríveis, os quais hoje são grandes
amigos, participamos em eventos de várias partes do Brasil, colhendo
experiências, carinho dos leitores e espalhando o conhecimento da literatura e
do nosso trabalho.
Como são esses encontros? O que acontece? E como é a
recepção do publico?
A dinâmica varia conforme o lugar, o público, o tipo do
evento. Já tivemos encontros em que nos apresentamos em um palco, outros em que
ficamos todos na mesma sala, conversando... e até um, em Sorocaba, em que
fizemos uma grande roda, o pessoal todo sentado no chão! Em todos eles, falamos
dos nossos livros, respondemos às perguntas do público, tiramos foto,
autografamos... e buscamos sempre fazer interação, alguma dinâmica com o
pessoal presente! Acaba sempre virando uma grande festa!
Fale um pouco sobre o entrosamento do grupo. Já pensaram
em escrever algo juntos?
A amizade que nasceu, ao longo dos eventos, tornou-se
deliciosa! Temos um entrosamento fantástico, todos ouvimos e respeitamos a
opinião um do outro e as risadas são intermináveis! Já nasceram algumas ideias
de projeto em conjunto, sim, que ainda não conseguimos colocar em prática
porque cada um está muito envolvido com os próprios livros. Mas um dia, quem
sabe!
O que você acha da literatura nacional atualmente?
Há muitos novos autores despontando, em parte porque as
editoras estão aumentando o espaço para eles e, em outra, porque o próprio
público está apoiando demais. Acho isso fantástico! Em 2012, li muitos autores
nacionais, alguns mais novos, outros com mais tempo de mercado e a grande
maioria me surpreendeu muito positivamente. Os autores brasileiros estão com
tudo e, o que é o mais importante: têm todo o apoio do público!
Sabemos que os brasileiros ainda preferem a literatura estrangeira.
Na sua opinião, por que há tanto preconceito com a
literatura nacional?
Não sei se chega a ser preconceito... a grande massa dos
leitores é influenciada pela mídia, que, visivelmente, valoriza os estrangeiros
e incentiva o consumo desses livros. De fato, há livros estrangeiros
fantásticos! Mas isso não significa que os nacionais não sejam. Como diz o
Mauricio Gomyde, “existe livro bom e livro ruim”. Não
importa a origem. Mesmo assim, o público acaba consumindo com mais fervor
aqueles que são mais incentivados na mídia e que têm mais destaque nas
livrarias. Acredito que o fenômeno é semelhante em outras indústrias culturais,
como o cinema – e é outra área em que os nacionais estão ganhando o gosto do
público, por mérito da sua ótima qualidade!
Fale um pouco sobre você e seus livros.
Sou extremamente otimista! Claro que não me iludo com a
ideia de que tudo sempre será um mar de rosas... acredito que tudo acontece
como deve ser, desde que a gente faça a nossa parte e agarre oportunidades. Com
momentos bons e ruins, pois ambos são necessários. Sou sonhadora, busco meus
ideais com afinco e acredito demais em Deus!
Sobre meus livros... “O Pássaro” foi lançado em 2012 e é um romance
histórico, que fala da busca pela liberdade e amor proibido! Tem muitos
segredos revelados que vão entrelaçando as histórias dos personagens em uma só.
Já meu segundo romance, “Quero ser Beth Levitt”, será lançado em 2013 e conta a
história de uma bailarina órfã que, ao completar 18 anos, está deixando o
abrigo de meninas onde passou a adolescência e, com sua inocência e seu coração
puro, parte para o mundo em busca dos seus sonhos. É quando acaba “caindo de
paraquedas” no mundo do cinema e encontra príncipes encantadores e bruxas
horrendas...
Um trecho de “O Pássaro”
"E foi ali, onde ela menos esperaria que acontecesse, que um
pedacinho do vazio em seu coração foi momentaneamente preenchido.
Chegaram à pequena cobertura onde Gerson amarrara o cavalo,
e ele desamarrou o animal, com pressa. Caroline adorou o sabor da adrenalina;
sentia-se tão viva, tão dona de si! Olhou para aquele horizonte mal iluminado e
imaginou-se a atravessá-lo num só impulso. Teve vontade de rugir de volta para
o trovão que ameaçava os humanos, subir até ele e, lá de cima, roubar sua voz
para gritar ao mundo que era livre."
Deixe uma mensagem para aqueles que estão em busca de
seus sonhos como escritores.
Pode parecer clichê, mas vou dizer o que digo a todos:
jamais desista! A realização não acontece quando queremos, mas quando estamos
prontos. Eu passei anos escrevendo sem publicar, tomando não atrás de não, até
finalmente conseguir realizar o meu sonho. E quer saber? Não podia ter
acontecido em melhor momento, nem acho que teria sido tão bom, se acontecesse
antes. Esse sonho se realiza mais a cada dia, com novas conquistas e novos
acontecimentos... e isso é maravilhoso! Sempre que vier uma dificuldade ou uma
porta fechada, respire fundo, aprenda o que há para aprender, melhore o que
tiver para melhorar e tente de novo. Continue criando, escrevendo, trabalhando,
aprimorando-se! Tenha paciência, mas também tenha garra; pegue as
oportunidades, esforce-se, faça-se merecedor. Nada acontecerá se você cruzar os
braços e buscar culpados para suas dificuldades. Elas continuarão existindo;
tudo o que você pode fazer é lidar com elas, aprender com elas... e vencê-las!
É isso ai. Agradeço, de coração pela entrevista. Desejo
sucesso para todos e que cada vez mais a literatura nacional cresça! Que os
leitores brasileiros aprendam a apreciar mais esta bela arte.
Redes sociais da autora
Até a próxima pessoal!
2 comentários:
Olá.
Bela entrevista!
Inexperiente como todo iniciante, muito do universo autor/leitor ainda não conheço e entrevistas como essa norteiam o escritor novato sobre os caminhos que pode ou deve traçar. Extraí muita coisa boa desse bate papo.
Parabéns a Samanta e a Joice.
Abraço.
Marco Antonio Rodrigues. "Perspicácia"
Querida Joice
Muito obrigada por postar a entrevista!!! Fico feliz em fazer parte deste grupo maravilhoso que é a Turnê Literária :)
Um beijão!
Sam
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