11 de outubro de 2012

Entrevista com Rafaela Guimarães



          E a nossa querida autora nacional da semana é 
Rafaela Guimarães.
Conheça um pouco mais sobre ela e seus dois romances, 
"Cordas rompidas" e "Reencontros".


  • Conte para nós. Quem é a Rafaela? 

    Rafaela é romancista desde que se entende por gente, apaixonada pela vida, viciada em café, cinema e livros.

  • Quando nasceu essa vontade de escrever. 

    Nasceu em 2008, ao conhecer a Saga Crepúsculo. Como nunca havia lido muitos livros, imaginei que demorariam meses até terminar o primeiro volume, mas me enganei e li o primeiro em dois dias, o segundo também em dois dias e o terceiro em uma semana devido ao quarto livro ainda não ter sido lançado. Com isso, descobri o mundo das fanfics e surgiu a primeira ideia de uma história.

    Fale um pouco sobre seus sonhos. 

    No momento, terminar minha faculdade e conseguir escrever muitos e muitos livros.

    Como foi o processo para publicar seu primeiro livro.

    Depois de anos deixando meus manuscritos na gaveta, comecei a enviar para algumas editoras que me enviaram propostas e optei pela editora dos meus dois livros, a Baraúna.

    Fale um pouco sobre seus livros.


    Cordas Rompidas fala sobre Lizzie Lewis, uma menina que muito nova, perde seus amigos e o namorado em um acidente de carro. Depois de anos, ela conhece Greg na faculdade, um lindo e galanteador garoto. Por obra do destino, eles se veem presos a uma situação: são obrigados a dividir o mesmo dormitório. Greg percebe que existe algo obscuro por trás do sorriso triste de Lizzie e pretende fazer de tudo para descobrir e ajudá-la.

    Reencontros fala sobre um lindo e britânico músico falido, Thomas Carter, que sonha em conseguir sua carreira com a música. Boêmio e bem “saidinho” com as mulheres, ele reencontra, depois de dez anos afastados, sua antiga vizinha e “irmã”, Kristine Thrue, em uma página de relacionamentos na internet. Por se conhecerem há anos, ela o convida para tentar a sorte em sua nova cidade, Los Angeles. Depois desses anos todos, eles seriam apenas amigos ou novos desconhecidos? Como todos esses sentimentos seriam vistos e vividos


    Trecho de Cordas Rompidas:

    - Argh! Por isso nunca gostei dos seus amigos. Me senti um ET da forma que eles falaram de mim.

    - Se fosse um ET, seria a mais linda.
    - Para de ser clichê, Gregory Harris! - sorri e bati em seu braço.
    - Qualquer pessoa apaixonada se torna clichê, Elizabeth Lewis. Você, como futura jornalista deveria saber disso.
    - É claro que eu sei! Eu posso transformar essa situação como a mais romântica e clichê possível.
    - Duvido.
    - Não duvide de mim.
    - Estou duvidando.
    - Greg, eu te amo mais do que um dia pensei em sentir. Nunca na minha vida me senti da forma de agora; plena, feliz e completa. O que você fez ao meu coração para ele ficar assim? Nem em todos os momentos que sorri em minha vida, fui tão realizada a ponto de cintilar com esse simples fato. Nunca, nunca mesmo na minha vida quero conhecer sentimento melhor do que esse. Está bem clichê e romântico ou você quer mais? - ele sorriu e acariciou lentamente o meu rosto.
    - Eu estou apaixonado por você.
    - Essa não foi tão clichê. - sorri e o puxei pela blusa, beijando com muita vontade sua boca. Tinha coisa melhor do que se sentir apaixonada dessa forma?


    Trecho de Reencontros: 

    " — Sabia que eu não estava mais aguentando a Kimberly? Faltou pouco para eu mirar um soco alheio bem naquele nariz com cara de cirurgia plástica.



    — Olha ela, aprendendo o ar das piadas irônicas
    comigo! — Gargalhei. — Agora você me deixou orgulhoso. — Fiz cafuné em sua cabeça e beijei sua testa. — O que aconteceu?



    — Ah, que saco! Ela toda hora falava alguma coisa boa sobre você. "Ah, mas como o Thomas leva jeito para modelo, não é? As câmeras o encaram de uma forma...",
    e mais um blablablá ridículo! Ela visivelmente queria fazer ciúmes
    em mim.



    — E conseguiu? - Apoiei o queixo em sua cabeça.



    — Não, porque sou superior.



    — Ahã, sei. Com esse bico formado na boca? Tem certeza de que é superior?



    — Claro que tenho!"


    Você se identifica com algum personagem? 

    A gente acaba se identificando com partes dos personagens. Ao escrever a Lizzie, protagonista do meu primeiro romance, partes do sofrimento que ele teve tirei de mim, enquanto acontecia algo triste em minha vida. Não diria que me identifico com um personagem só, e sim com diversas características que ele possui.

    Qual a maior dificuldade quando se escreve um livro. 

    Inicialmente, separar a vida real e a do papel. Acabei entrando diversas vezes no personagem que ou me deixavam estressada, ou deprimida. Com o tempo, você acaba por saber lidar com a diferença entre esses dois mundos.

    Como você vê hoje a literatura nacional hoje? 

    Com muito orgulho eu digo que a literatura nacional tem crescido bastante. Muitos autores estão conseguindo mostrar seu talento e estão sendo reconhecidos.


    Deixe um recado para aqueles que sonham em publicar seus livros. 

    Acho que o primeiramente é não desistir desse sonho. Mesmo que os caminhos sejam complicadinhos, nada melhor do que conseguir ganhar uma batalha e realizar um desejo como esse. Não existe nada melhor.

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